Seca do Bacalhau
Os pioneiros na descoberta e uso do bacalhau foram os Vikings, pescavam em abundância nos mares frios, perto dos países nórdicos. Além de o consumirem, os Vikings também comercializavam bacalhau com o resto da Europa, especialmente com a Inglaterra e a Flandres. Nessa altura, os Vikings secavam o peixe ao ar livre, até endurecer, de forma a preservá-lo e depois ser consumido nas longas viagens que faziam.
Em Portugal, o consumo do bacalhau começou no século XIV, há tratados de comércio entre Portugal e Inglaterra em que Portugal trocava sal por bacalhau. Depois de 1500, Portugal começa a pescar Bacalhau na “Terra Nova” (Canadá).
Acredita-se que os Portugueses começaram a pescar bacalhau na “Terra Nova” por engano, na tentativa de encontrar a contra costa das Índias, os Portugueses navegavam para oeste deparando-se com a “Terra Nova” e a Gronelândia.
A seca de bacalhau surgiu em Vila do Conde no início do século XX e, durante o período de maio a setembro, encontravam-se grandes frotas de barcos bacalhoeiros nos mares da Terra Nova e da Gronelândia. Estes são os tempos lendários da pesca portuguesa do bacalhau, que devida às restrições de afastamento dos bancos de bacalhau, impostas pela Rainha Isabel I de Inglaterra, mudam drasticamente, criando uma instabilidade que se prolonga até ao século XVII.
A campanha do bacalhau foi fortemente dinamizada pelo Estado Novo, acompanhando os principais ciclos económicos do regime. As políticas de abastecimento foram concebidas como um instrumento decisivo para o fortalecimento do Estado.
Toda a operação era controlada pelo Estado, que fixava os preços, garantia a mão de obra barata e disciplinada (através de recrutamentos coercivos junto das chamadas Casas de Pescadores), providenciava financiamento aos navios e armadores e condicionava as importações
Vila do Conde é um centro industrial, porto de pesca, zona balnear e turística e um dos principais núcleos piscatórios nacionais. 
O peixe, que em tempos chegava com os pescadores dos mares do norte, era posto a secar, pelas mãos das mulheres vilacondenses. 
Nesta época, era muito comum os pescadores que navegavam por outras terras transferirem a doença Paramiloidose, uma doença geneticamente transmissível. 
 
Vila do Conde era considerada uma sociedade matriarcal porque em muitas famílias o marido é que trabalhava fora e a mulher é que tomava conta da casa e dos filhos.