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Nau Quinhentista

     Durante os Descobrimentos, os europeus levaram muitas doenças para o novo mundo, tais como a varíola, o sarampo o tifo e a cólera e, como os nativos não tinham imunidade a estas novas doenças, a população era dizimada. 

 

     Vila do Conde é uma cidade que está associada aos Descobrimentos portugueses. Era nos estaleiros navais da cidade que se construíam as naus e caravelas que cruzavam os mares em busca de novos mundos.

Nesses tempos, os navegadores muniam-se dos mais diversos instrumentos de orientação e navegação, como por exemplo, as bússolas e astrolábios e, também, o relógio solar, que permitia medir a passagem do tempo. 

 

     O século XVI foi, ao que tudo indica, o “século de ouro” de Vila do Conde. Os estaleiros de Vila do Conde, conjuntamente com os de Azurara, possuíam um notório dinamismo em todo o contexto do Entre-Douro-e-Minho, surgindo ambos os burgos como portos de registos de embarcações de maior tonelagem, que a dos portos mais próximos, entreposto privilegiado para um vasto acesso ao mar, em que se integram localidades como Barcelos, Guimarães, Braga e mesmo Chaves.


     Durante o século XVI, particularmente, Vila do Conde atingiu o seu apogeu comercial e marítimo com a construção naval, fortemente ligada aos Descobrimentos, cuja memória se mantêm até aos dias de hoje, com a réplica da Nau Quinhentista e do Museu alfandegário, preservando a história daquele que foi em tempos, um entreposto comercial de relevo na história de quinhentos. 

 

     Os limites naturais eram a oeste o mar e a sul o rio Ave, confrontava-se ainda com os poderosos concelhos da Maia, Porto e Barcelos, que lhe negavam quaisquer possibilidades de expansão territorial. 

 

     Em Vila do Conde encontramos a réplica da Nau Quinhentista, fundeada desde 2007 nas águas do rio Ave, construída pelos estaleiros Samuel & Filhos, Lda, de Vila do Conde, é um importante e precioso complemento ao núcleo museológico Alfândega Régia - Museu de Construção Naval. Para além de um importante elemento de atração turística e lúdica, tem uma função pedagógica, pois, construída com o maior respeito pelas investigações científicas da responsabilidade do Almirante Rogério d’ Oliveira, incorpora o saber ancestral dos carpinteiros e calafates dos estaleiros vilacondenses. 

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